segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Feliz VOCÊ neste Natal !!!

Sendo o Natal uma festa em família, aproveitemos para refletir sobre a relevância desse convívio, solidificando as nossas raízes e fortalecendo os ensinamentos absorvidos e repassados de geração em.geração e, assim, partilharemos a felicidade também com o próximo. DEGUSTE ESPECIALIDADES deseja um Feliz Natal para todos, agradecendo a confiança nos seus serviços!

O DEGUSTE nas Confraternizações Natalinas

Hum, delícia! 
O ponto alto de uma Confraternização Natalina pode ser o FRANGO SOCIETY com arroz branco, antecedido de tábua de frios, como este jantar preparado por Deguste Especialidades. E um Feliz Natal para todos!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

OS "SONHOS" DO DEGUSTE ESPECIALIDADES

Um dos sabores mais refinados do Deguste Especialidades é o SONHO DE VALSA. A receita de família é incomparável. Quem prova jamais esquece, tal qual a BALIVA.


ODE AO CALDILLO DE CONGRIO

Pablo Neruda, já citado no Deguste Especialidades, foi um poeta chileno de renome, conhecido pelas paixões que curtia, dentre elas a carpintaria, o mar e a gastronomia. Um de seus poemas mais famosos é ODE AO CALDILLO DE CONGRIO, prato dos mais tradicionais da costa chilena, à base de peixe.

“No mar
Tormentoso
do Chile
vive o rosado congro,
gigante enguia
de nevada carne.
E nas panelas
chilenas,
na costa,
nasceu o caldo
grávido e suculento,
proveitoso.
[...] Enquanto
se cozem
com o vapor
os régios
camarões marinhos
e quando já chegaram
a seu ponto,
quando coalhou o sabor
em um caldo
formado pelo suco
do oceano
e pela água clara
que desprendeu a luz da cebola,
então
que entre o congro
e se mergulhe na glória,
que na panela
se azeite,
se contraia e se impregne.
Já só é necessário
deixar no manjar
cair o creme
como uma rosa espessa,
e ao fogo
lentamente
entregar o tesouro
até que no caldo
se esquentem
as essências do Chile,
e à mesa
cheguem recém-casados
os sabores
do mar e da terra
para que nesse prato
conheças o céu.”   Pablo Neruda

Por que não experimentamos fazer o CALDILLO DE CONGRIO (CALDO DE CONGRO) ?

INGREDIENTES:

- Um litro e meio de caldo de peixe (já pronto)
- Quatro colheres de sopa de azeite
- Duas cebolas sem casca cortadas em lascas
- Três dentes de alho picados
- Quatro tomates sem casca e sem sementes cortados em pequenos cubos
- Dez camarões calibre 20-26
- Dez postas de congro vermelho
- Cem mililitros de creme de leite
- Uma gema de ovo
- Salsinha picada a gosto
Opcional: Trinta rodelas de batatas pré-cozidas

PASSO A PASSO DO CALDO DE CONGRO:

- Fritar as cebolas e o alho no azeite até obter uma cor dourada e reservar.
- Em outra panela, fritar o tomate em azeite e cobrir com o caldo de pescado
- Dourar as postas de congro no azeite para selar o peixe, evitando que ele perca água
- Colocar uma parte das cebolas fritas, o tomate cozido e os peixes em uma panela de barro
- Adicionar o caldo de peixe
- Cozinhar em fogo baixo até que os peixes fiquem no ponto
- Adicionar o creme de leite diluído em um pouco de caldo
- Acrescentar a salsinha a gosto


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os já famosos "BEM NASCIDOS"



Os "BEM NASCIDOS" registram o momento doce do nascimento de um bebê, avocando presságios de uma vida saudável e feliz, devendo ser oferecido aos visitantes, na maternidade ou em casa. O da foto, fugindo à regra do "BEM CASADO", é um sonho de valsa artesanal e deliciosamente preparado, bem adequado à ocasião.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Para viver um grande amor - de Vinícius de Morais

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?
Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A famosa BALIVA



A BALIVA é receita de família que vem, por décadas , fazendo a felicidade de crianças, adultos e idosos, com o seu sabor inigualável e inesquecível. A minha sogra (in memorian) tinha mãos divinas para tudo que diz respeito à cozinha. E BALIVA ( bala + Aliva) foi assim batizada em sua homenagem - a receita eu herdei dela. 

sábado, 24 de setembro de 2011

Um "domingo" inesquecível


O domingo é apresentado mais como sentido figurado de um dia de lazer com amigos. Nada melhor que, no clima privilegiado de praia ou sítio, ao ar livre, estejam os amigos e família reunidos para um dia agradável, desses que não se esquece jamais, onde a descontração e a informalidade devem imperar. O cardápio poderia ser sem sofisticação alguma e de uma atraente praticidade, até porque todos querem participar sem que seja preciso prejudicar a degustação. A sugestão que apresento é: como drinque - a caipirinha de kiwi (*), prato principal - picadinho chocante de filé mignon (*), aperitivos - caldinho de feijão (*). Naturalmente, a cerveja também pode ser oferecida, bem geladinha, para que o encontro seja realmente marcante. Como não pretendo criar expectativas que acabem tornando-se frustrações, as receitas estão abaixo:
1) Caldinho de Feijão - 1 kg de feijão, 200 gr de paio, 200 gr de toucinho, 200 gr de carne seca, sal e alho a gosto e coentro. Deixe o feijão de molho e ao colocar para cozinhar, acrescente a ele o paio, toucinho, carne seca, cotados em pedações pequenos. Depois de um tempo, coloque um tempero completo, já cozido à parte e bem apurado. Quando os grãos do feijão estiverem amolecidos, passe tudo no liquidificador e passe na peneira. Coloque em copos e enfeite com pedacinhos de carne seca e coentro (foto).
2) Picadinho chocante - 1 1/2 kg de filé mignon cortado em cubos, sal e pimenta do reino a gosto, 2 cebolas brancas picadas, tempero já cozido e passado no liquidificador. Tempere o filé mignon com sal e pimenta do reino. Coloque-os numa frigideira bem quente com pouco óleo e a cebola picada. Quando estiver começando a assar, coloque o molho (tempero passado no liquidificador) e deixe apurar por dez minutos. Sirva acompanhado de arroz e/ou farofa.
3) Caipirinha de kiwi - descasque e corte ao meio um kiwi. Coloque as duas metades em um copo e amasse-as com a ajuda de um pilão. Acrescente uma dose de vodca, uma dose de licor de kiwi, pedras de gelo e misture bem. Desejando, acrescente acúcar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Superbonito



Na hora de gelar sucos, bebidas alcoólicas, refrigerantes e até água, que tal usar pedrinhas de gelo recheadas com folhinhas de hortelã? O efeito é superbonito e a erva dá um toque ainda mais refrescante às bebidas. Se preferir, substitua a hortelã por casquinhas de laranja, limão ... e até por pétalas de rosa. É fácil! providencie uma forma de gelo, folhas de hortelã e água filtrada; lave as folhas e distribua-as, uma a uma, nos espaços da forma; coloque água filtrada ou mineral e leve ao congelador. Pronto. É só aguardar e fazer sucesso!

Cozinhar cabe a "bruxas e magos"


(...)
Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado. Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. Ela sabia que, depois de comer, as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem. E desconfiavam disso os endurecidos moradores daquela aldeola, que tinham medo de comer do banquete que Babette lhes preparara. Achavam que ela era uma bruxa e que o banquete era um ritual de feitiçaria. No que eles estavam certos. Que era feitiçaria, era mesmo. Só que não do tipo que eles imaginavam. Achavam que Babette iria por suas almas a perder. Não iriam para o céu. De fato, a feitiçaria aconteceu: sopa de tartaruga, cailles au sarcophage, vinhos maravilhosos, o prazer amaciando os sentimentos e pensamentos, as durezas e rugas do corpo sendo alisadas pelo paladar, as máscaras caindo, os rostos endurecidos ficando bonitos pelo riso, in vino veritas... Está tudo no filme A Festa de Babette. Terminado o banquete, já na rua, eles se dão as mãos numa grande roda e cantam como crianças... Perceberam, de repente, que o céu não se encontra depois que se morre. Ele acontece em raros momentos de magia e encantamento, quando a máscara-armadura que cobre o nosso rosto cai e nos tornamos crianças de novo. Bom seria se a magia da Festa de Babette pudesse ser repetida...

                                                                                                                                           Rubem Alves

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Por que o DEGUSTE ESPECIALIDADES?

Infindáveis são as opções de atividades que funcionam como válvula de escape para as tensões do dia a dia. E esses caminhos são buscados interiormente, nos talentos amortecidos em cada um de nós. A cozinha, para um grupo considerável de pessoas, costuma propiciar momentos de terapia, a ponto de transformar o protótipo de “chef” em um Pablo Neruda, responsável pela Ode à cebola  e outros tantos poemas com a mesma essência. Confesso agora que gastronomia  é uma área de ação que me atrai e me apaixona, desde que haja sempre alguém para lavar as panelas – esse é o meu ponto fraco. Lembro-me que, ainda menina, insistia muito na costura, cozinha e ensinar. Posso dizer que satisfiz as minhas três maiores vontades bem cedo. Quando aprendi a costurar, eu era a mascote no curso de D. Caçula, nos meus treze anos de idade. Ser professora sempre foi uma meta, alcançada aos dezoito anos quando tive sob a minha responsabilidade uma sala de aula da Educação Infantil ao tempo em que cursava Pedagogia. E, finalmente, aprendi a cozinhar da forma mais natural possível, bem sem querer, porque a cozinha me atraía. Comecei a praticar, apesar de na casa de meus pais, há dias que já se vão distantes, termos duas colaboradoras para os serviços domésticos. Eu adorava buscar e proporcionar sabores aos paladares exigentes. Para coroar toda essa história, casei e minha sogra sempre foi exímia cozinheira e doceira fina, com quem também aprendi muito e de quem herdei o caderno de receitas, um mundo possibilidades para atender aos diversos paladares. E eu fui “alimentando” esse prazer  e hoje procurei me especializar em algumas iguarias como a baliva – bala de leite condensado com mel, tal qual o manjar dos deuses; cigarrete - salgado crocante delicioso, cuja receita é inigualável e foi da minha mãe; sonho de valsa – com a produção caseira do biscoito (recheio); sanduíche americano – sanduíche enrolado e gelado e tantos outros; bem como pratos que se portam muito bem em jantares e almoços, como: frango society – filé de frango com molho e creme de leite; creme de camarão, etc. Enfim, por conta disso tudo, foi criada a deguSte especiaLidades que permite a mim e a minha filha, disseminarmos os sabores apreendidos no decorrer da vida.